O caso de um recém-nascido de Ipameri emocionou a equipe do Complexo Regulador Estadual (CRE) nesta quarta-feira, 18 de setembro. O bebê nasceu com síndrome de aspiração de mecônio, uma dificuldade respiratória que ocorre quando o recém-nascido aspira fezes para os pulmões antes ou perto da ocasião do parto.
Por conta disso, o bebê precisava de uma vaga de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal com urgência. Porém, a vaga foi devolvida pela Central de Regulação de Goiânia que solicitou mais informações sobre o caso. O pedido saiu do sistema por volta do meio-dia. Isso ocorre quando a Central solicita mais informações ao solicitante, antes de dar prosseguimento ao pedido. Poderia ter ocorrido o pior se o CRE não tivesse intercedido no caso.
“Luziânia é uma cidade que não faz ainda uso do SERVIR, o Sistema de Regulação do CRE. Mas, como órgão estadual, o Complexo consegue acompanhar os pedidos e negativas das demais Centrais de Regulação em Goiás. Nós temos a preocupação de dar assistência a qualquer usuário do SUS no estado. Procuramos o SAMU de Luziânia para oferecer ajuda já que o paciente estava correndo risco de morte”, relatou Genésio Pereira do Santos, diretor técnico do CRE.
Apenas 7 minutos
Depois de contactado pelo CRE, o SAMU de Luziânia respondeu via e-mail solicitando a vaga para o recém-nascido. O leito de UTI neonatal foi encontrado no Hospital e Maternidade Vila Nova (HMVN) em exatos sete minutos. “A intervenção do CRE foi decisiva para que se conseguisse um leito mais rápido”, afirmou o médico regulador do SAMU de Luziânia, Adriano de Oliveira.
Para o médico, seria interessante que o CRE atuasse também em Luziânia. Antes do episódio, ele ainda não conhecia o trabalho desenvolvido pelo órgão estadual. “Depois que o Complexo entrou em contato conosco, nós mandamos apenas uma foto do paciente e isso foi o suficiente para entenderem a situação e conseguirem a vaga imediatamente”, contou